[Inclusaodigital] Teles querem usar fibra óptica do governo
Israel Arruda Neto
israelneto em fasternet.com.br
Terça Novembro 10 21:01:43 BRT 2009
Depois de reunidos hoje por mais de uma hora, o ministro das Comunicações,
Hélio Costa, e os presidentes das teles divulgaram apenas a lista de
reivindicações que, caso atendida, facilitaria a entrada das empresas no
Plano Nacional de Banda Larga. "As empresas prevêem investimentos de R$ 75
bilhões nos próximos cinco anos e não se pode pensar num plano desse porte
sem a participação delas", argumentou Costa, que se comprometeu em levar os
pleitos para reunião com os outros ministros que estudam o plano, dentro de
duas semanas.
As operadoras pedem a desoneração da cadeia produtiva, a reorganização das
taxas do serviço, uma política mais liberal para licenças e a modernização
da regulamentação do setor, como a aprovação do PL 29/07, que trata da
convergência digital. Mas não informaram o que poderiam fazer em troca.
"Isso vai depender de qual alavanca o governo irá acionar", desconversou o
presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente.
Na opinião de Valente, como prioridade nacional, a massificação da banda
larga precisa contar com todos os recursos disponíveis, inclusive da rede de
fibra óptica do governo, que "devem ser colocadas também à disposição da
iniciativa privada", disse. Costa também defende o uso do fluxo mensal do
Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) na
possibilidade de se encontrar um caminho para levar a banda larga às classes
mais carentes de renda. O fluxo mensal do fundo é atualmente perto de R$ 1
bilhão por ano.
Costa defende uma banda larga de R$ 9,99 por mês, com velocidade abaixo de
256 Kbps. As empresas, entretanto, têm dificuldades de se comprometer com
uma banda larga popular de R$ 30 mensais.
Proposta inconclusa
Para um consultor do mercado, as teles deixaram de apresentar números do
programa porque este ainda não foi fechado. "As negociações devem continuar
com a simulação de vários cenários de desoneração até chegar a uma proposta
que agrade a todos", imagina. Mas ele destacou a importância da desoneração
do setor. "Faz sentido desonerar e a empresa usar parte dos recursos que
deveria pagar ao fisco para baratear a banda larga. E uma conta onde todos
ganham", disse.
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